Depois de seis meses, a nova temporada de Corpse Party: Almas Torturadas começa!

Pessoal, desculpa mesmo para quem acreditava que a fanfic iria continuar naqueles dias, eu realmente não estava tendo criatividade pare escreve-las, tanto que quando tinham capítulos, eram de no máximo oitocentas palavras, o que não satisfazia nada.

Nessa nova temporada demorará alguns dias para sair os capítulos, pois serão revisados algumas vezes, corrigidos e bem trabalhados, isso tudo para o bem-estar dos leitores!

E nesse capítulo que começa:

Corpse Party DON’T TRUST ANYONE.

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- Mako, m-morto? –  As pupilas de Beka dilataram-se e ela se afastou de Choco.

Choco foi em direção de Beka e abraçou sua amiga rapidamente e começou a chorar no ombro dela. – E-eu só queria ficar mais perto dele e do Neko... Por que isso tinha que acontecer...  – Choco estava se desabando em cima da colega, a mesma não sabia o que fazer. Nunca ninguém tinha se abrido para ela.

Beka sorriu para Choco e começou a fazer carinho nos cabelos morenos de sua amiga. – Choco, vamos procurar nossos amigos. Quanto mais pessoas melhor, e poderemos sair daqui mais facilmente. Mas não posso fazer isso sozinha, você poderia me ajudar?

Choco mexeu a cabeça para cima e para baixo. – P-posso sim... Mas, Beka... – Choco abraçou ela. – Não se afaste de mim, por favor.

- Eu não vou. Eu t-também estou com medo. – Beka corou.

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Renan estava começando a ficar vermelho, não estava se contendo. A mentira estava o corrompendo rapidamente, ele não ia conseguir aguentar. - Eu não consigo mentir para vocês – Gaguejou Renan – E-eu a matei...

Aquelas palavras foram o fim para Neko que se afastou de Renan indo em direção ao Mako, ficando na frente dele tentando o proteger.

- Não brinque com a gente, Renan! – Algumas lágrimas caíram dos olhos de Neko. – Eu estou todos esses dias tentando proteger Mako e você diz que é um assassino!? Você gosta de brincar assim com nossos sentimentos?! – Foi até Renan e deu um soco no rosto dele.

Renan botou a mão em seu rosto e olhou para baixo. – Ela tentou me matar...

- Prove! – Neko gritou e viu Renan tirar sua camisa e mostrar seus ferimentos.

- Isso sem contar que só estou com um cotoco do meu braço... – Riu fraco.

- V-você está ferido e ainda está rindo?! – Mako pisou nas folhas murchas que tinham no quarto do porão e foi até Renan com seu kit de emergências e enfaixou o braço dele. – Eu falei que o kit iria ser útil, Neko. – Sorriu para o dois. – Viu. É só conversar. Não precisava dar um soco nele, Neko. Todos nós estamos presos nesse mundo e não podemos fazer nada. Mako olhou para baixo, entristecido com a situação que estavam todos seus amigos. – Não podemos saber se nossos amigos estão vivos. Quem sabe eles são aqueles esqueletos que nós vimos nas trilhas de sangue que seguimos e deixamos por toda essa escola... É tão IRRITANTE. Enquanto nós podíamos estar procurando a saída, vocês estão brigando...

- Vocês podem... – A porta se abriu e apareceu uma criança com um vestido vermelho. - Vocês podem sair daqui. Se descobrirem... O que acontece. – O vento soprou seus cabelos loiros fazendo ela se desaparecer. Assim que o momento se acabou, Mako foi até a porta olhar se a menina ainda estava lá, e para sua surpresa, ela tinha mesmo desaparecido. Isso fez com que seus amigos e ele ficassem paralisados diante da situação.

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A sala pequena estava manchada de sangue, no centro dela tinha um piano com suas cordas também manchadas de sangue, no banco do piano estava um garoto moreno que aparentava ter 18 anos.

- Muitas vítimas, talvez eu tenha que parar de me divertir com isso... – Começou a tocar músicas no piano, seus dedos mexiam rapidamente nas notas graves. – Eu não consigo parar de achar engraçado me entreter com esse grupo. Eles morrem tão facilmente... Da até pena de querer mata-los...

Levantou-se do banco e saiu da sala. – Não posso esperar pela próxima vítima... Existem tantos que podem ser... E o bom é que... – Sorriu maliciosamente. – Eu tenho eles só para mim...

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Prone levantou lentamente se contorcendo ainda com seu pescoço cortado. – Renan... – Sua voz estava grossa, seu perscoço sangrava e seu braço contorcido. – Como pode...

Choco foi em direção a Prone e deu um belo chute em sua cabeça que já estava machucada,  fazendo a cabeça voar até a parede.

Beka andou até Choco e segurou o braço dela. – Calma... Não precisava disso...

- Se eu não fizesse, ele iria nos matar assim que nos visse... – Encostou-se à parede. –  Você estava procurando o Renan, né? Nós o vimos sair daqui, melhor a gente ir ate ele.

As duas andaram de mãos dadas pelo escuro do corredor. No caminho tinha uma janela, seu vidro estava quebrado e mostrava um grande vácuo.

- O que será que deve ter lá fora... – Choco recebeu um tic em sua cabeça. – Eu me lembro desse lugar. Mas não sei da aonde... – Chocos continuava de mãos dadas da Beka e desceu as escadas. A cada passo que elas davam, o crack que os degraus faziam ficava mais forte. Beka se segurava na Choco e no papel de parede roxo que estava descolando da parede.

Ao chegarem á porta, rapidamente a abriram e encontraram seus amigos lá.

- M-mako... – Choco ficou de joelhos no chão. – Você está vivo?... – Disse e Beka ficou assustada também.

- Choco?! – Mako correu e abraçou ela, Neko também foi abraça-la. – Ainda bem que nós a encontramos...

- Mako, se você está vivo... – Suas pupilas dilataram-se. – De quem era aquele cadáver seu estrangulado que eu vi...?

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O pianista andava cantarolando pelos corredores que estavam cobertos por sangue.  – Mais e mais vítimas... – Viu um menino chorando perto da porta do laboratório e se aproximou dele. – Bom menino, por que está a chorar?  - O menino se levantou e correu de lá.

- Odeio... Deveria ser mais de uma de minhas alucinações... Nunca teria crianças aqui. – Ao olhar de novo a criança foi desaparecendo aos poucos. – A não ser a Patuniaw... Será que o grupo já a encontrou?

Continuou a andar pelo chão de madeira com as mãos em seus bolsos. Tateava a parede para saber onde andava, pois estava muito escuro. Tirou seu chapéu mostrando seus cabelos negros, os fios iam até as orelhas. Pegou o pente que estava em seu bolso e passou na frente de seu cabelo formando uma franja. – Nunca é demais cuidar de si mesmo...

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- Eu estar morto?! – Mako riu alto. – Você está bem, Choco? – Aproximou seu rosto com o dela e encostando sua testa na dela. – Você não está com febre.

Choco formou um punho em sua mão para dar um soco nele, mas se controlou. – Eu posso provar. – Suas sobrancelhas mexiam rapidamente por causa da raiva.

- Como? – Neko perguntou desconfiado. – O único jeito é mostrando o corpo de Mako e se não for verdade, a única coisa que vai acontecer é que você vai pagar mico. – Renan depois das palavras de Neko riu secretamente.

Choco deu um passo a frente de Neko e o encarou por minutos. – Você está pensando que eu sou quem? – Segurou o braço dele e o jogou no chão.

- U-uma yandere... – O garoto que estava jogado no chão sorriu para Choco.

Mako estendeu a mão para seu amigo se levantar. - Tudo bem, nos mostre o caminho. –Botou a mão no ombro de Choco e abaixou a cabeça.

Eu não vou conseguir segurar por muito tempo... Eu quero chorar, mas como sou um fracote, tenho vergonha até disso. – Pensou Mako.

Choco tirou a mão do rapaz de seu ombro e seguiu para fora do porão. – Vamos. – Neko e Renan no caminho até a sala que supostamente estava o corpo de Mako foram afastados dos três.

- É melhor não chegarmos perto deles... – Neko disse olhando para Renan. – Da pra sentir o sentimento raivoso daqui de longe...

Subiram as escadas até o primeiro andar e pararam para descansar na sala hospitalar. O quarto era um pouco maior que o porão, a luz branca estava acesa e quase não piscava. Continha duas camas que eram escondidas por cortinas brancas estampadas com uma cruz vermelha no meio.

Mako colocou o kit de emergências na mesa de ferro que tinha ali e a abriu o kit pegando curativos. – Renan, poderia vir até a primeira ala, por favor?

- Para que? – Renan desconfiou.

- Vem logo – Pegou na mão de Renan e jogou na cama e logo fechou as cortinas. – tire sua camisa.

- Ahn?! Por quê? – Renan ficou corado.

- Eu vou colocar esses curativos em suas feridas, é claro... – Sorriu.

Renan tirou sua camisa lentamente, corado. – Tudo bem, né...

Mako começou a tirar os papeis que cobriam os curativos e começou a colocar nos machucados de seu amigo. -  Você disse que a Prone tinha te atacado, certo?

- S-sim... – Abaixou a cabeça. – E-eu -

Mako botou o dedo na boca de Renan, tapando-a. – Eu já entendi o que houve, só quero que explique mais a situação. – Riu. – Como ela te atacou?

- B-bem... – Coçou a cabeça. - Nós estávamos andando pelo corredor e ela começou a falar coisas estranhas como... “Por que quis ficar comigo” “Por que quis me ajudar”, essas coisas... – Mako continuava a colar os curativos enquanto Renan falava. – Ela entrou em uma sala e eu a segui, ela rapidamente foi para trás de mim e trancou a porta e disse: “Você não sabe mesmo quem eu sou...”.

- Então ela te jogou no chão e ameaçou cortar seu peito, certo? – Mako riu secretamente. – Por que não se defendeu desde o começo?

- Por que eu percebi que ela era a Lala... Recorda-se dela, certo? – Se sentou na cama e botou a mão em seus joelhos. – Eu não queria revidar e acabar a machucando, então percebi que se eu não fizesse nada, ela iria me matar. – Mako parou de colocar os curativos em Renan para ouvi-lo. – Então me levantei e segurei a faca dela revidando e cortando o pescoço dela. – Renan olhou para baixo, triste. – Eu ainda não sei como eu consegui fazer isso... Até agora meu coração está palpitando de nervosismo... Eu sinto que por causa disso eu vou morrer logo, logo...

- Agora nós somos muitos, Renan. – Socou levemente o ombro dele. – Nenhum de nós vai morrer tão fácil... Juntos nós somos melhores.

Renan corou e começou a chorar. – Seu idiota... Não é todo mundo que me vê chorar... – Sorriu ainda com seu rosto vermelho e abraçou Mako. – Obrigado.

Mako sorriu e apontou para a camisa dele.  – Pode coloca-la agora. – Renan se levantou da cama e colocou sua camisa acinzentada.

Mako abriu a cortina lentamente e foi até Neko. – Finalmente descobri. O Renan não é de pedra... – Neko riu um pouco.

- Vamos? – Beka sorriu e saiu da sala e seus amigos também.

Enquanto subiam as escadas que levavam até o segundo andar e em seguida foram até a última sala que ficava á esquerda do corredor. Choco segurou a maçaneta com suas mãos escorregadias e a empurrou fazendo com que a porta se abrisse com um estrondo.  Mako se afastou um pouco e viu si mesmo morto, caído no chão.

Na frente do corpo morto de Mako apareceu a mesma menina loira de mais cedo. – Parecem que encontraram... – Seus vestidos vermelhos estavam mais claros agora. – Aliás, meu nome é Patuniaw.

Neko ficou na frente de Mako, tentando protege-lo. Choco foi até o braço de Mako e pegou o livro que o cadáver segurava. – Não tinha isso aqui... – Abriu o livro e viu as páginas em branco. – Isso não está normal...

Este livro se escreverá sozinho – Pela primeira vez a fantasma Patuniaw estava descendo do ar e tocando seus pés no chão. Sentiu um calafrio ao sentir o chão gelado que era de madeira. A mesma não usava sapatos por ser um fantasma. –. Tudo que descobrimos será reescrito no livro com mais algumas informações. – Sorriu. Seus dentes eram brancos, mas um pouco tortos. – Eu vou acompanha-los, quem sabe eu possa ajudar!

Neko deu um passo à frente, estava desconfiado da menina. Suava um pouco por causa do nervosismo, pensava que se tentasse qualquer coisa que ela não gostasse, poderia ser morto pelo fantasma. - E c-como pode confiar em você? Todos nós já passamos por muitas coisas que, eu não vou nem te contar – Abaixou a cabeça. –, mas você é um fantasma, então.

O garoto que Neko estava protegendo apertou com força a mão escorregadia dele. – Vamos tentar confiar nela, Neko. Nós podemos, não é? – Olhou para Patuniaw com seu sorriso forçado. Neko confuso olhou com raiva para Patuniaw.

Não posso força-los a confiar em mim – Ficou andando em círculos na frente do grupo –, mas por hora é melhor ficarem ao meu lado. Já ouviram falar do Jeff? – Ela parou no meio-círculo e abaixou a cabeça ao se lembrar do assassino. – O pianista assassino. Não tenho certeza, mas acho que vocês o conhecem: Jeff Maac. Desde que chegou aqui sua sanidade foi diminuindo, igual de seus amigos Jonas e Lala. E pensar que do trio de irmãos milionários, só sobrou o pianista... Bem, agora vou deixar vocês, espero que descubram mais coisas, tchau!

Espere! – Tentou segura-la, porém a fantasma já tinha se transformado em pó e desaparecido. – Meu pai... Como vamos descobrir isso? – Beka começou a coçar sua cabeça. Andou até a janela e viu o a paisagem preta. -  Eu não entendo esse lugar... Eu imagino se eu me jogar daqui, o que será que aconteceria? – Choco foi até Beka e a abraçou por trás. Aconteceria que você estaria deixando todos seus amigos para trás, inclusive eu. – Essas palavras fizeram que Beka olhasse para trás e se afastasse da janela.

̶Renan pisava fraco no piso de madeira enquanto entrava na sala para ir até o corpo de Mako. Seu nervosismo estava a mil, estava querendo chorar de novo, não gostava de ver o rosto pálido de seu amigo, como se estivesse morto. Aquela cena era triste de mais, o corpo estava jogado lá, estrangulado e com marcas de unha em seu rosto. Renan era menor que os outros do grupo, então pode se abaixar mais facilmente para conseguir revisar o cadáver.

― Ei o que está fazendo! ― Neko desviou de seus amigos e com passos fortes foi até Renan com raiva.

Renan olhou para Neko com raiva. Pensou que Neko não confiava nele para poder descobrir o caso. ― Estou tentando fazer alguma coisa, em vez de você que fica se fazendo de guardião GAY do Mako! ― Nesse momento todos olharam para Renan, espantados.

V-você está pensando que é quem para chamar-me desse jeito? ― Cerrou o punho com a outra mão, Neko estava furioso. Nunca ninguém em sua vida tinha falado com ele desse jeito. O seu rosto estava vermelho por causa da vergonha e da raiva ao mesmo tempo. ― Você é mesmo idiota. Sabendo que eu poderia te bater aqui e agora, falou mesmo assim... ― Olhou para baixo, um pouco triste e um pouco feliz, alguém finalmente o derrotara. ― Vou esquecer isso, por agora...

Mako suspirou aliviado, não gostaria que seus amigos brigassem. ― Vocês adoram brigar, não é? Por que não simplesmente esquecem isso, como eu faço? ―Sentou-se na mesa desgastada da sala de aula. ― Renan, você estava lá e-examinando meu corpo, o que descobriu?

Renan andou até Mako sem hesitação e aproximou seu rosto com o dele. ― Poderia ficar de olhos abertos, por favor. ― Mako indicou “sim” movimentando sua cabeça. ― Pessoal, eu descobri uma coisa, olhem os olhos do corpo do Mako. ― Renan foi até o cadáver e o colocou sobre duas mesas que estavam juntas, logo abriu os olhos do morto. ― Os dois olhos são azuis, certo? ― Andou até Mako e apontou para o olho esquerdo. ― O olho esquerdo do Mako que está aqui é branco, e o direito é azul. Ou seja, um dos Makos não é verdadeiro.

V-você está insinuando que eu estou fingindo ser eu?! ― Espantou-se e se encolheu. ― P-por que achariam isso de mim... ― Corou.

E-eu não disse nada ainda! O morto que pode ser outra pessoa... ― Começou a fazer carinho no cabelo ondulado de seu amigo. ― Mas me pergunto quem seria. Tem 0,89% de nascer alguém exatamente igual a você... Mas no caso o nosso Mako tem heterocromia...

― Entendi!  ― Os olhos castanhos de Choco brilharam depois que resolveu. ― O Mako morreu e nos deram um com defeito! ― Bateu na mão de Renan. ― Então o Mako que nós estamos aqui não é o verdadeiro...  ― Ela olhou diretamente em Mako. ― Quem é você?

― Eu sou Mako... ― Ficou de cabeiça baixa.